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Alunos conhecem Picinguaba

Alunos conhecem Picinguaba
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Os alunos do 7º ano do Ensino Fundamental tiveram a oportunidade de conhecer o Parque Estadual da Serra do Mar — Núcleo de Picinguaba, situado no município de Ubatuba. São 47.500 ha de área preservada, com mata, restingas, manguezais, praias e costões rochosos, bem como territórios historicamente utilizados por comunidades de caiçaras e de quilombolas, um cenário que vai ao encontro do tema proposto pelo Projetos Vida para a pesquisa dos alunos. Nesse caso, a proposta era o estudo do meio.

Vale registrar que a viagem a Picinguaba é muito esperada pelos alunos, pois é a primeira oportunidade de conviverem, por mais de um dia, em viagem, com os colegas de escola. Para muitos, constitui, também, a primeira jornada sem a presença de familiares.

Os alunos Enrico Abrahão de Oliveira, Ana Valentina Valler e Helena de Toledo Pilli contaram como foi a experiência:

“Achamos bem divertido viajar para estudar o meio em Picinguaba. É muito diferente de assistir a uma aula, ou palestra. Além disso, é mais eficiente aprender na prática do que na teoria, pois fica mais fácil entender. Quando vimos, lá, os conteúdos que aprendemos em sala de aula, tudo ficou mais claro, pois é bem melhor observar o que você está estudando, do que ver uma imagem.

No primeiro dia, fomos a Paraty; lá, nos dividimos em grupos; a cada um, deram uma mapa para que os membros localizassem pontos históricos que tínhamos estudado nas aulas de História. Foi muito legal, perguntávamos muita coisa às pessoas. Fizemos também uma visita monitorada a vários pontos da cidade e assistimos a uma apresentação teatral sobre a história de Paraty.

No segundo dia, seguimos a Trilha do Jatobá; no caminho, passamos pela Casa da Farinha. Enquanto andávamos, o instrutor explicava as características da vegetação e do solo. Falou até sobre algumas plantas medicinais. Essa trilha esclareceu muitos conteúdos que vimos em sala de aula, já que, lá, pudemos ver ao vivo. Na Casa da Farinha aprendemos todo o processo artesanal de produção da farinha de mandioca. Conversamos com o sr. Pedro, um dos moradores mais antigos do local.

Nesse mesmo dia, almoçamos à beira-mar; antes, aproveitamos para dar um mergulho no mar e, depois, fomos visitar o Projeto Tamar. Já tínhamos ouvido falar, mas não conhecíamos. Foi muito interessante.

No terceiro, fomos ao Aquário de Ubatuba, onde pudemos observar várias espécies marinhas. Depois do almoço, seguimos outra trilha que terminava no manguezal. Para chegar lá, precisamos do barco. Já no manguezal, tivemos de identificar qual era o mangue branco, o preto e o vermelho. Em seguida, ficamos um pouco na praia. Saíamos de manhã e à tarde para conhecer os lugares e estudar; à noite participamos de diversas brincadeiras. Foi muito bom”, narraram os alunos.

Comentaram, ainda, que gostaram muito da experiência de ficar no quarto com amigos. “Foi legal e divertido”, afirmaram Enrico e Ana Valentina. E ela completou: “Na hora de arrumar as coisas, tínhamos pouco tempo e fazíamos tudo correndo. Com isso, a gente dava muitas risadas”. “Para mim, foi algo totalmente novo, pois nunca dormi em casa de amigas e gostei muito. A gente se deu super bem”, disse Helena.

Indagados sobre o que mais lhes marcou a viagem, eles disseram: (Helena) “Acho que foi o Projeto Tamar, pois quando eu via uma tartaruga, pensava se seria macho ou fêmea e a que espécie pertencia. Lá, aprendi isso, a raciocinar e a investigar, e, como gosto muito de animais, acho que vou levar isso para a vida inteira.” (Enrico) “Para mim, foi a visita a Paraty porque sempre me interessei em aprender outras culturas; gostei de saber os significados de alguns ditados populares de lá, sobre as origens, sobre a arquitetura do local, sobre o calçamento, a história do local.” (Ana Valentina) “Também acho que nunca esquecerei a visita ao Projeto Tamar, pois sempre gostei de animais; desde pequena, sempre quis ajudar animais, tanto é que penso em ser bióloga.”

A viagem reservou uma surpresa para esse grupo de alunos e para a professora Ângela Palma, que contou: “Durante vinte anos de Projetos, conseguimos fotografar, em outra viagem, um cupim do mar em uma planta no manguezal e, nesta, no final da trilha do manguezal, conseguimos ver e fotografar uma briófita em fase de reprodução assexuada. Foi impressionante, o esporófito tem um período de vida muito curto e, agora, temos mais um material belíssimo para as aulas“.

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