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Estudo da região costeira em Cananeia

Estudo da região costeira em Cananeia

Entre os dias 6 e 8 de agosto, os alunos da 1ª série do Ensino Médio, acompanhados pelos professores José Daniel Baptista e Renata Sartini, aventuraram-se em viagem de estudo a Cananeia — município que abriga o Parque Estadual da Ilha do Cardoso, uma área de 15.100 ha com vegetação de Mata Atlântica costeira e alta diversidade biológica — e a Ilha Comprida. Em passeio de escuna (embarcação ligeira de dois mastros e velas latinas com uma ou duas gáveas) pela região, estudaram e observaram sambaquis, de cerca de 6 mil anos, a formação da ilha e a restinga (banco de areia ou de rocha em alto mar). Sambaqui é o nome dado aos sítios pré-históricos, formados pela acumulação, por ancestrais humanos, de conchas e de moluscos marinhos, fluviais ou terrestres, em que, frequentemente, se encontram ossos humanos e de animais, objetos de pedra, chifres e cerâmicas. “Vimos, em Cananeia e nas Ilhas (Comprida e do Cardoso), os sambaquis que possuem grande importância histórica e ecológica. Observamos a vegetação, a restinga, a Mata Atlântica, o manguezal e, como o local se encontra preservado, é muito diferente de outros com os quais convivemos, como exemplo, o Guarujá, onde circula muita gente”, comentou Sofia M. Ventosa. Já Sophia R. Colombo completou: “Conseguimos ver muitas coisas que estamos estudando em Biologia, como exemplo, os moluscos e, em Geografia, a maré e suas oscilações, além das fases da Lua. Foi muito legal, pois, em sala de aula, temos uma noção de como é, mas, vendo na prática, aproveitamos muito mais o conteúdo estudado.” Além de conhecer a história e a estrutura local, tais quais os meios de sobrevivência e as atividades econômicas, como a pesca e o turismo, os estudantes percorreram a trilha na Ilha do Cardoso, onde observaram a mata de restinga, a mata de encosta e a rica biodiversidade do local. “Fomos ao manguezal e afundamos até o joelho, foi divertido e interessante”, comentaram as alunas. Durante a visita, estiveram também no Centro Histórico de Cananeia, onde receberam informações e observaram os elementos da arquitetura do prédio. “No último dia, fomos ao Museu de Cananeia e vimos o Tubarão Branco, o segundo maior do mundo, capturado em Cananeia por pescadores”, finalizaram as alunas. Esse tubarão foi o primeiro taxidermado (por meio de técnica de preservação da forma da pele, dos planos e do tamanho dos animais) e o primeiro em exposição no mundo.

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