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Comunicação não violenta

Comunicação não violenta

Tais Oetterer de Andrade - Diretora

“Por trás de todo comportamento existe uma necessidade.”
                                                       Marshall Rosenberg

 

Você já ouviu falar em Comunicação Não Violenta, ou CNV?
Gestores e professores do CLQ participaram de um rico "workshop" sobre este tema, que muito sensibilizou a equipe.
A proposta é importante no ambiente escolar pois nos ensina, primeiramente, a praticar a escuta atenta. Já dizia Rubem Alves que “a escuta ativa nada mais é do que realmente estar presente no momento, dedicar-se a escutar o que a outra pessoa está falando com atenção e não se apressar para ir embora ou para falar. Quando praticamos a escuta ativa, melhoramos a qualidade de nossos relacionamentos e nos conectamos ao outro em um nível mais profundo”.
Deste modo, a CNV nos auxilia a trabalhar conflitos interpessoais de maneira mais saudável e compassiva e a criar um espaço para conexão com o outro que nos permite enxergar tanto as nossas necessidades, quanto as da outra pessoa. Ela é baseada na comunicação honesta e transparente e foca nos sentimentos, permitindo que o outro nos compreenda e também mostre o que está acontecendo dentro dele.
Trata-se de uma abordagem que nasceu na década de 60 e foi sistematizada pelo psicólogo americano Marshall Rosenberg, que escreveu vários livros sobre o tema e disseminou-o por dezenas de países.
Todo o processo da CNV acontece por meio da empatia, uma habilidade essencial para nos auxiliar a nos colocar no lugar uns dos outros, gerando compreensão e exercitando nossa capacidade de expressão sem julgamentos e sem classificações de certo e errado. Este tipo de comunicação nos ajuda a identificar o que de fato está gerando mal estar e nos encaminha para uma discussão mais saudável, sem ataques, julgamentos e rotulações, que são obstáculos para uma boa conexão entre indivíduos.
Desse modo, é interessante que todas as pessoas estejam dispostas a prestar atenção em suas formas de comunicação, pois têm o poder de promover mudanças nos ambientes, através de atos de acolhimento.
Comunicar-se de uma maneira totalmente diferente do que estamos acostumados é um processo e não simplesmente um conceito que se aprende rapidamente, já que todos nós temos compaixão por natureza, ao mesmo tempo que usamos estratégias violentas, “que são aprendidas, ensinadas e apoiadas pela cultura dominante”, como afirma Rosenberg.
Para que um vínculo de confiança se estabeleça, precisamos comunicar nossas necessidades e pedidos de modo que as outras pessoas tenham clareza sobre como podem enriquecer nossas vidas.

 

 

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