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Alunos encantam-se com a rica biodiversidade do Cerrado

Alunos encantam-se com a rica biodiversidade do Cerrado

O cerrado, segundo maior bioma brasileiro, reveste-se de extrema importância para garantir a sobrevivência dos outros ecossistemas. De fato, além da rica biodiversidade, com cerca de 10.000 espécies de plantas, muitas delas medicinais, esse bioma contribui, de forma significativa, para a produção hídrica superficial de oito grandes bacias hidrográficas brasileiras. Possui vegetação caracterizada por arbustos retorcidos e, em sua maioria, de médio e grande porte, como forma de adaptação ao solo ácido e pobre em nutrientes, como na caatinga. Por sua relevância para o ecossistema global, o Cerrado constitui um dos principais temas de estudo do Projeto Vida da 2ª série do Ensino Médio. Após estudos e pesquisas em sala de aula, os alunos viajaram, acompanhados pelo professor de Geografia, Robson Felisbino, a Capitólio, MG, uma das cidades do Parque Nacional da Serra da Canastra, com vegetação de transição entre borda da Mata Atlântica e cerrado, com o intuito de conhecer esse bioma. Na oportunidade, puderam ver diversas espécies que compõem o cerrado, inclusive algumas plantas medicinais, observar o solo, o relevo, o clima e, ainda, desfrutar da beleza de algumas cachoeiras que a região abriga. Em um passeio de chalana (embarcação chata, de forma quadrada ou retangular, para transporte de mercadorias), no lago de Furnas, os alunos contemplaram a paisagem do cerrado e, em visita ao mirante de Furnas visualizaram a Usina Hidrelétrica. No local, receberam informações de como se gera a energia a partir de uma hidrelétrica. Vinicius P. L. Nakamura, empolgado pela viagem, conta que considerou essa a melhor dos Projetos, pois, além de conhecer locais muito bonitos, achou o cerrado muito diferente do que imaginava, ou via por fotos. “A gente acha que é comum o cerrado e nem dá muita importância, e pensa que é um lugar morto, mas, na realidade, é tudo muito vivo. Na região em que estivemos, veem-se o cerrado e a mata de galeria, úmida e densa, com cores mais frias, como o verde e o azul das águas, e o cerrado mais seco, marcado por cores quentes, o amarelo, vermelho, o marrom. Durante a viagem, tivemos um conhecimento mais prático e isso mudou minha visão sobre o cerrado”. Essa foi a segunda viagem de Bianca V. de Neves por meio dos Projetos Vida. Ela a achou bem didática: “Achei muito interessantes as informações que recebemos, por exemplo a simbiose entre as plantas e os animais; as plantas medicinais; a questão da toxicidade do solo da região e a capacidade de adequação da natureza às diferentes situações. A região que visitamos é muito bonita e preservada. Eu já tinha tido contato com esse bioma, mas foi muito diferente porque não tinha esse conhecimento. Na verdade, as informações interessantes que recebemos mudaram alguns dos meus conceitos, ou seja, o cerrado, que parecia uma natureza morta, é muito rico e importante para o nosso ecossistema”, afirmou a aluna.

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